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Personalidade que marcou fortemente a presença da Igreja Católica na antiga Índia portuguesa, de quem os seus familiares e os habitantes da Boafarinha justamente se orgulham.
Nasceu a 14 de Outubro de 1858 na povoação de Vale da Urra Fundeiro, freguesia de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, filho de Joaquim de Oliveira Braz e Maria Joaquina de Oliveira (sendo irmão do Dr. José de Oliveira Xavier).
Foi levado muito novo para a Fundada onde fez a instrução primária. Em 1871 foi para a Vila da Sertã estudar latim.
Em Outubro de 1874 entrou no Seminário Patriarcal de Santarém onde estudou Ciências Eclesiásticas.
Em 1881 foi ordenado presbítero em Castelo Branco, seguindo depois para Coimbra. Estudou Teologia na Universidade de Coimbra, onde também foi capelão no convento de Santa Clara e na Universidade. Em 1888, foi nomeado professor de ciências eclesiásticas e preparatórias, e diretor espiritual no colégio das Missões Ultramarinas em Sernache do Bonjardim, cargos que desempenhou até 1893.
Nesse ano, o Patriarca das Índias, D. António Sebastião Valente, conhecedor das sua raras qualidades, convidou-o para seu secretário particular e ambos seguiram para a Índia em 1894.
Em Goa desenvolveu um prodigiosa actividade, reformando completamente o Seminário e transformando-o na melhor Faculdade de Teologia de toda a Índia.
Por falecimento do Bispo de Cochim, foi D. Mateus de Oliveira Xavier nomeado para esse elevado cargo e, em 1898, o Papa Leão XIII nomeia-o Bispo de Goa.
Nesse cargo, levantou a nova Sé Catedral, edifício majestoso, com laivos de estilo manuelino e imitações de estilos indianos. Criou inúmeras escolas, recuperou numerosas igrejas que se encontravam em ruínas há séculos, tendo assim gasto todas as economias.
Em 26 de Janeiro de 1908, D. Mateus de Oliveira Xavier é nomeado para o elevadíssimo cargo de Patriarca das Índias e Primaz do Oriente.
Faleceu em Goa em 1929, com fama de Santo. O seu túmulo (na cidade de Goa), é visitado e venerado por multidões.
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